Arquivo da categoría: Conflitos: Presqueiras

Ouro branco no país da burla negra

Artigo publicado no n.º 192 do Novas da Galiza (setembro 2020).

Logo do ouro de Corcoesto, o cobre de Touro, a caliça de Cova Eirós, o seixo do Pico Sacro e da Terra Chá e o volfrâmio de Sanfins e Barilongo chegou a febre do lítio que nos últimos anos tem colocado em pé as terras irmãs d’Além-Minho.

O lítio que a UE ditaminou este ano ser uma matéria-prima crítica, justificando imensas transferências de fundos europeus para o desenvolvimento de projetos de mineração como os da Serra d’Arga, a Serra da Estrela, as Terras do Barroso Barroso ou a Serra da Mosca em Cáceres.

O mesmo lítio que consumimos compulsivamente em aparelhos eletrónicos que minam as nossas vidas e que mesmo está chamado –dizem– a salvar do caos climático um mundo que irá de passeio em carro Tesla.

Esse metal que, mesmo sendo plenamente reciclável, finaliza a sua vida nos aterros do mundo: na Europa, mais de 95% acaba submergido nos mares de resíduos industriais. Para 2030, estaremos jogando fora em aterros mais de 2 milhões de toneladas por ano. Triste tragédia –acabar novamente soterrado sob a terra, ou o lixo– para um metal cuja extração das entranhas do nosso planeta causa tanta destruição.

A Galiza não é alheia a estra tragédia, na que somos simultaneamente réus e verdugos. O primeiro projeto de lítio em curso pretende abrir um funda fenda –de 300 metros de profundidade e quase 30 km de longitude, para sermos precisas– ao pé das serras do Cando e do Suído, nas cabeceiras do Lérez e Doade.

Presqueiras, Correia, Doade, Azevedo, Rubilhom, Taboaças … são os nomes das comunidades na fenda. E também o nome das distintas fases nas que a empresa promotora, pouco a pouco, pretende esfolar e abrir vales e montanhas, deitando fóra águas ácidas de mina carregadas com metais pesados –para as que não se prevê nenhum tratamento– e minérios radioativos.

Conhecedoras das consequências, empresa e administração consensuaram furtar o projeto do conhecimento público. Sob pretextos absurdos, pretenderam outorgar as licenças prescindindo do trâmite de avaliação de impacto ambiental. Com isto, não só se pretendia ocultar a desfeita mas, principalmente, omitir um seguimento ambiental futuro que a poria em evidência.

A manobra fracasou ante uma vicinhança atenta e combativa, mas ilustra uma pauta continuada e sistemática por parte da Administração de minas da Junta na procura de evitar a participação social e o controlo ambiental.

Reproduz-se assim uma estratégia que já fora utilizada em projectos como os de Sanfins, em Lousame, Barilongo, em Santa Comba, ou Cova Eirós, em Triacastela, nos que as consequências desta omissão se sentem em rios e rias contaminados por metais pesados e património cultural único destruido para sempre.

Se naqueles projetos os empresários ‘amigos’ procediam duma tentativa de reconversão mineira após o fim da bolha imobiliária, a promotora da mina de lítio não é outra que uma filial de SAMCA, ‘Sociedad Minera Catalano Aragonesa’, um holding em processo de reconversão desde a minaria do carvão para a do lítio e outros denominados minérios ‘críticos’.

SAMCA é tristemente famosa polo seu vínculo com central térmica de Andorra, em Teruel, uma das mais poluintes da Europa até que pechou em fevereiro deste ano e responsável pola chuva ácida que arrasou 200.000 hectares de bosques da comarca de El Maestrat nos anos oitenta. Hoje a desfeita de El Mastrat poderia começar de novo nas fragas de Porto Espinho e Girarga e poluir com drenagens ácidas dodo o vale do rio Doadee.

Não seria a primeira vez que se tenta tal desfeita. Entre 2013-2014 tentou-no a anterior titular dos ‘direitos mineiros’, esses que permitem a expropriação forçosa aplicando a Lei de Minas de 1973 e a Lei de Expropriação de 1954, ambas franquistas e vigorantes. Direitos aos que as mineiras colocam nomes de santos ou de mulheres, neste caso deste último gênero: Alberta (I e II), Maite, Carlota e Macarena. Engenharia social.

Solid Mines España, filial da ‘junior’ canadense Solid Resources, iniciou em 2013 o mesmo trâmite que agora tenta SAMCA às agochadas, mas abandonou antes de que fosse determinada a necessidade de submeter o projecto a avaliação de impacto ambiental. A tempo para vender –como fazem as ‘juniors’ quando conseguem convencer alguém de que deram com um bom negócio– e desaparecer. Já na altura o projecto causara revolta nos vales de Doade e Presqueiras. Ninguém esqueceu.

No entanto, a “Alberta I” contra a qual se levantou novamente a revolta, era apenas um dos direitos com os que Solid Mines e as suas empresas afins pretendiam levar o lítio, tantálio e outros minerais “críticos” que agocham estas terras. Salamanca Ingenieros S.L. adotou o nome de guerra especulativo “Sequoia Venture Capital”, pronta a vender ao melhor postor a “Maite” (que ocupa as paróquias de Avião, Moreiras, Feás, Córcores e Cardelhe, no mesmo vale do rio Doade), “Macarena” (nas de Beariz e Baíste) e “Carlota” (nas de Couso, Avelenda, Amiudal, A Granha, Nieva e Prado ).

Com a “Alberta II” ficou Strategic Minerals Spain, a mesma empresa que se fez com a mina e nióbio, tantâlio e estanho da Penouta em Viana do Bolo, parte do antigo império do magnate espanhol Ruiz Mateos expropriado por Felipe González em 1985. Ninguém lembrou o desastre ambiental que deixou detrás a mina e nem o Estado nem a Junta deram conta da restauração. A “Alberta II” promete um legado similar ao sul da sua irmã do norte, ameaçando com fazer avançar a fenda de Rubilhom e Toboaças para a parróquia de Couso.

“Alberta II” será o próximo projeto a tentar desenvolver-se e, cientes da forte oposição local a um projecto de mineração destrutiva e contaminante, Strategic Minerals adiantou-se a SAMCA unindo-se à “Tarantula”, um projeto financiado com 7 milhões de euros da União Europeia que tem entre os seus objetivos avançar na chamada “licença social para operar” (SLO). SLO é o novo eufemismo para as tácticas de engenharia social, violência, subornos e ‘greenwashing’ com os que as mineiras pretendem desarmar a oposição social.

A crescente presão da UE para aumentar a especulação por volta das matérias-primas críticas abriu já um novo campo de batalha para a defesa da terra e da dignidade das comunidades rurais, onde podemos e devemos aprender dos erros e acertos de lutas como as de Touro ou Corcoesto para garantir que o lema aniquilador “Galicia es una mina” nunca chegue a ser realidade.

Pretenden outorgar concesión de explotación mineira sen a preceptiva Avaliación de Impacto Ambiental nos concellos de Avión e Beariz

O proxecto faría parte dun plano moito máis amplo artificiosamente fraccionado para evitar o trámite ambiental.

ContraMINAcción alerta unha vez máis das dificultades e trabas para acceder a información ambiental da Administración de Minas.

Colectivos de ContraMINAcción presentan alegacións ao proxecto.

 

En xuño de 2018, unha empresa creada no mesmo ano en que adquiriu os permisos de investigación Alberta I, solicitou a Minas en Ourense a concesión de explotación deses permisos para unha explotación nas proximidades aos lugares de Doade, Acevedo e Rubillón nos concellos ourensáns de Avión e Beariz.

Para poder acceder a este expediente mineiro, ContraMINAcción tivo que salvar innumerables trabas administrativas durante varios meses e presentar varios recursos e aclaracións, a pesar de que a lei de acceso á información ambiental sinala que a información ambiental debe pórse a disposición de quen a solicite no prazo dun mes.

O Instituto Geológico y Minero de España (IGME), na Determinación do Alcance do Estudo Ambiental doutra solicitude de explotación anterior que comprendía parcialmente o mesmo permiso de investigación xa alertara sobre os riscos de formación de augas ácidas de minas e subsidencia pola proximidade de núcleos habitados, declarando a necesidade de someter o proxecto ao trámite de Avaliación de Impacto Ambiental.

Así mesmo, a Sociedade Galega de Historia Natural (SGHN) para ese mesmo proxecto solicitara que o estudo ambiental “avalíe con detalle e rigor a presencia de torio e outros elementos radioactivos asociados aos minerais (tantalita e casiterita) que se pretenden explotar”.

No caso que agora nos ocupa, a Xefatura da Sección de Avaliación Ambiental obvia totalmente o risco de produción de augas ácidas de minas na necesidade de drenaxe e achique dos máis de 5 km de galerías con unha profundidade de ata 300 m baixo terra. Estas augas potencialmente ácidas poderían disolver os metais presentes en grandes concentracións (arsénico, cobre, ferro chumbo e cinc) contaminando as augas. O proxecto só contempla, de xeito falaz, a devolución ou restitución das augas “limpas” ao leito, e non se establecen medidas preventivas que deberían ser obrigatorias.

Imaxe: drenaxes ácidas de mina.

É máis que probable a presencia de elementos radioactivos (como rubidio e cesio) que van extraídos, machacados, depositados en escombreiras, suxeitos a disolución e inxección nos leitos superficiais contaminando acuíferos e poñendo en risco ao medio, e á poboación (particularmente aos traballadores da mina).

A Lei de Avaliación Ambiental determina que os proxectos cuxos minados se atopen a menos de un quilómetro de núcleos urbanos que poidan inducir riscos por subsidencia (ou afundimento dos terreos) deben ser sometidos á Avaliación de Impacto Ambiental. Neste caso, temos vivendas a menos de 300 metros dos minados, pero se obvia o trámite ambiental cunha mera declaración da empresa mineira dicindo que “podería descartarse”.

Por estes motivos ContraMINAcción solicita que se estuden os impactos das drenaxes ácidas e da radiación asociada aos minerais extraídos, e se avalíen os riscos de subsidencia, e se establezan as medidas correctoras que sexan necesarias para evitalos.

A Lei 21/2013, de 9 de decembro, de Avaliación Ambiental define o fraccionamento de proxectos como un mecanismo artificial de división de un proxecto con o obxectivo de evitar a avaliación normal do impacto ambiental no caso de a suma das magnitudes excedan os limiares estabelecidos. Do estudo da memoria presentada pola empresa, se deduce que hai intención de ampliar a explotación ao longo do tempo. É una práctica habitual das mineiras que a Xunta de Galicia ven permitindo ilegalmente. Por iso as organizacións que fan parte de ContraMINAcción e os afectados, advirten nas súas alegacións ao Órgano Ambiental e a Minas da necesidade de someter o proxecto ao completo ao trámite de Avaliación de Impacto Ambiental.

Charla en Forcarei sobre os impactos dos proxectos mineiros coa participación de dous membros de ContraMINAcción

Un momento da intervención de Marga Prieto

Un momento da intervención de Marga Prieto

No acto alertouse sobre os impactos negativos dos proxectos mineiros nas comarcas do Deza, Tabeirós-Terra de Montes e O Carballiño

A charla, titulada “A mina de Presqueiras, Xirarga e Rubillón: Prexuízo ou beneficio?”, tivo lugar na casa do pobo de Guisande, en San Miguel de Presqueiras,

Este acto informativo correu a cargo de Margarida Prieto Ledo, coordinadora da loita contra as minas no Sindicato Labrego Galego, e representante do mesmo en ContraMINAcción; Xoán Doldán, profesor da Universidade de Santiago de Compostela, presidente da Asociación de Economía Ecolóxica en España (EcoEcoEs), e representante de Véspera de Nada na nosa Rede; Roberto Jorge Correa, presidente da Comunidade de Montes de San Miguel de Presqueiras; e Víctor Manuel Gil Ramos, secretario da Comunidade de Montes de Xirarga.

Marga Prieto centrouse nos impactos da megaminaría nas actividades agrogandeiras e forestais; e Xoán Doldán, nas características depredadoras da megaminaría e do carácter especulativo das empresas multinacionais que a impulsan. Roberto Jorge Correa, pola súa parte, falou dos proxectos que teñen para a parroquia, das xuntanzas que tiveron coa empresa Solid Mines e dalgúns detalles do anteproxecto que esta lles acaba de presentar. Víctor Manuel Gil expuxo a preocupación que existe na veciñanza cos previsibles impactos da mina en proxecto e a desconfianza respecto do pouco que reverterá na economía da zona.

Despois destas intervencións, houbo un coloquio de máis de unha hora, onde veciños e veciñas deron conta das súas moitas inquedanzas. Un dos temores máis grandes da veciñanza afectada ten que ver co impacto que tería a actividade mineira sobre os recursos hídricos da zona, xa que as minas precisan utilizar cantidades inxentes de auga. Ademais, o impacto que tería a utilización de maquinaria pesada e a utilización de explosivos contribuiría a aumentar os efectos negativos da explotación mineira. Preocupa tamén a incerteza das compensacións, así como a necesidade de que exista unha comisión de seguimento integrada polo conxunto de persoas afectadas, que estea vixiante e trate coa empresa todas as posibles actuacións con capacidade de veto sobre as mesmas.

Na actualidade están solicitados permisos de investigación para 5 proxectos mineiros nesta zona que afectarían a un total de 11.590 hectáreas. O maior destes proxectos é o Vilatuxe 3.129, solicitado en 2011 e pendente de resolución, que afecta a 7.650 hectáreas dos concellos de Forcarei, Silleda e Lalín. Ademais, tamén afectan a Forcarei, Cerdedo, Beariz, A Lama e Avión os proxectos Alberta 1 e 2, que abranguen en conxunto 6.491 hectáreas.

Coma sempre, as empresas interesadas en explotar estes xacementos son estranxeiras. No caso do proxecto Alberta, trátase de Solid Mines, filial española da compañía canadense de con sede en Vancouver, Solid Resources LTD, que quere explotar minerais como tantalio, estaño ou litio nunha área de 11 quilómetros entre os núcleos de Presqueiras, Correa, Doade, Coto-Tocaio, Acebedo, Rubillón e Taboazas (Forcarei, Beariz e Avión), nunha zona que se inclúe na Rede Natura 2000.

A Federación Ecoloxista Galega, no Día do Ambiente, contra a megaminería

F.E.G.(Manifesto da FEG co gallo do Día Internacional do Medio Ambiente.)

A crise da débeda e a incerteza sobre os seus límites inflúen nos prezos das materias primas. A xente está a investir e deposita a súa confianza en metais nobres como o ouro, a prata ou o platino e as multinacionais do sector emprenden unha carreira polas materias primas dentro dun modelo de desenvolvemento totalmente insustentable baseado na exportación e traslado de inxentes cantidades desa materia prima lonxe da súa orixe ao seu destino final, provocando un enorme gasto enerxético e unha irreversible pegada ecolóxica por todo o planeta. Ademais, organismos como o Banco Mundial ou a Unión Europea apoian políticas neoliberais e neocoloniais nas que a explotación dos minerais e dos recursos naturais son esenciais para impulsar o crecemento económico, onde o que priman son os movementos de capital e a especulación por enriba da xestión sustentable da codia terrestre. Os gobernos de Compostela e de Madrid, polo que podemos ver, apúntanse a estas políticas de desbaldimento dos recursos a nivel internacional. Nesta conxuntura, o pobo galego, ao igual que o doutros países da periferia de Europa e do sur, está baixo ameaza por unha minaría que, cada vez máis, se desenvolve a ceo aberto, removendo a capa superficial da terra e mesmo da fracturación xeolóxica a grandes profundidades a nivel xeotérmico. Para acceder aos xacementos de mineral é necesario destruír plantas, animais e, a miúdo, vilas e asentamentos humanos xunto con todos os seus recursos e medios de vida. A tecnoloxía punta permite acceder a calquera lugar e a calquera profundidade baixo o solo, e permite explotar con métodos moi agresivos e contaminantes minerais de cada vez menor pureza. Deste modo, máis e máis áreas fráxiles e de alto valor de conservación están en perigo, e as cantidades de escouras e residuos contaminantes mineiros aumentan. Obviamente, tamén periga a saúde, a calidade de vida, os recursos e os medios de vida tradicionais e sustentables das persoas que habitan na contorna destas explotacións mineiras, que teñen (ou terían) que soportar nun primeiro momento os impactos pola extracción dun produto alleo aos seus beneficios e necesidades.

Cremos que a estas alturas non é necesario entrar no detalle das distintas clases de agresións ao medio e ás persoas que se poden producir: explosións, destrución física do territorio con cráteres de centos de hectáreas e centos de metros de profundidade, amoreamento de inxentes cantidades de contaminantes de todo tipo (metais pesados, arsénico, cianuro, etc.) en balsas e en entulleiras, destrución dos acuíferos, contaminación das augas e do aire, etc. Pero, despois da alteración e aceleración da mudanza climática provocada pola nociva actividade contaminante do ser humano, na atmosfera, hai que salientar o dano engadido que se está causar e se pretende ampliar tamén na codia do planeta con actividades como a mineira, ameazando os seus recursos e mesmo a súa estabilidade, fundamentais tamén para o desenvolvemento de vida humana e das outras especies animais, vexetais, fúnxicas, liquénicas e microbianas da biosfera.

Galiza, dentro desa periferia e como neocolonia a nivel estatal, europeo e mundial, ten nin máis nin menos que arredor de 520 explotacións mineiras activas na actualidade e as concesións de exploración ou explotación abranguen máis da metade da superficie do país. Parte delas están en terreos francos ou rexistrables para os que parece non haber data de caducidade malia a súa manifesta inactividade. A minaría en Galicia está basicamente regulada por dúas leis franquistas, pola Lei de Minas estatal de 1973 e a Lei de Expropiación Forzosa de 1954 cos seus respectivos regulamentos de aplicación. Sobre estas leis, caducas e baseadas no espolio sen control do territorio, deberían prevalecer os usos legais do solo e as normativas ambientais, estas si de competencia dos gobernos galegos. Porén, o goberno da Xunta non só mira para outro lado e non fai valer os dereitos de uso do solo e os dereitos á protección do ambiente e ao seu gozo, senón que por riba fai leis ad hoc para protexer os dereitos dos intereses mineiros. Un exemplo desta situación aberrante é o proxecto mineiro de ouro en Corcoesto, que foi tramitado como proxecto de interese estratéxico, aínda que nunca foi declarado como tal; e ao que a Xunta lle deu unha Declaración de Impacto Ambiental positiva, agachando a información ambiental ás persoas afectadas, cun proxecto que recoñece verquidos de arsénico por riba dos niveles máximos de referencia e onde as alegacións presentadas nin sequera son contestadas e, moito menos, tomadas en consideración. Ou, sen máis, o plan sectorial de actividades extractivas, actualmente a información pública pola Xunta propón, entre outras cousas, autorizar permisos mineiros ata en espazos naturais protexidos (aí están, por exemplo , a ameaza de 54 explotacións na Serra do Courel na actualidade na Rede Natura e candidata, a maiores, para ser catalogada parque natural polos seus extraordinarios valores xeolóxicos e naturais) sen ter en conta que Galiza na actualidade non supera o 12% de territorio protexido, estando ao rabo de todo o Estado en protección ambiental. E do mesmo xeito, dado o carácter supramunicipal dese plan sectorial que emana da Lei 3/2008, de ordenación da minería en Galicia, unha vez aprobado daríalle carta libre ás empresas para levar adiante proxectos mineiros por enriba dos planeamentos urbanísticos e a autonomía municipais e mesmo da vontade popular das poboacións afectadas.

En relación a iso temos que salientar que, ademais do proxecto de Corcoesto, na comarca de Bergantiños, tamén existe oposición social a proxectos mineiros de “terras raras” e de obtención de minerais para fabricación de coltan na Serra do Galiñeiro, de Wolfram, estaño e litio, entre outros minerais, nas comarcas do Ribeiro e de Terras de Celanova, de feldespatos na comarca da Limia, de andalucita na contorna das Fragas do Eume ou de cuarzo na Terra Chá e outros proxectos máis.

Os supostos beneficios económicos e de xeración de postos de emprego, en entredito pola actual crise global mesmo nas zonas tradicionalmente mineiras, non compensan, polo contrario, os moitos e variados prexuízos ambientais e socioeconómicos derivados doutros recursos naturais afectados (forestais, agrogandeiros, pesqueiros, hídricos, de lecer, turísticos, etc.) ou mesmo a saúde humana. E, ademais, estamos diante dunha actividade sobre un recurso cada vez máis limitado.

O Día Mundial do Ambiente ten como lema este ano “Pensa. Aliméntate. Aforra.” Aínda que non está directamente relacionado coa minaría senón coa alimentación, ambas están intimamente ligadas, na medida que compiten polo territorio. Tendo en conta o enorme desequilibrio alimentario e os efectos devastadores que isto ten para o ambiente, o tema deste ano pretende dar a coñecer o impacto que teñen as nosas decisións alimentarias, e como tomalas 100% informados.

A campaña “Pensa. Aliméntate. Aforra” quere animarte a actuar. Quere que sexas testemuña de como certas decisións reducen o volume de desperdicios, aforran diñeiro e diminúen o impacto medio ambiental da produción de alimentos.

Pero, que significa tomar decisións informadas? Sería elixir aqueles alimentos co impacto ao medio menor ou adquirir produtos en mercados locais nos que se sabe que non foi necesario o transporte e, xa que logo, non supuxeron tantas emisións de gases. É dicir, este ano, desde o Programa de Nacións Unidas para o Ambiente están a convidarnos a consumir alimentos de proximidade. Mais a produción alimentar no noso país, está a entrar en competencia coa minaría polo uso do solo e polo consumo da auga. As dúas actividades, minaría e produción de alimentos demandan gran cantidade de solo e auga.

O uso doutros produtos que empregamos a cotío tamén temos que facelo dun xeito informado e aforrando. O 70% da industria europea depende de sustancias minerais do subsolo para a produción de todo tipo de bens de consumo. Para o transporte, as telecomunicacións, a electrónica ou a construción, estímase que máis ou menos cada europeo consome anualmente entre 5 e 10 toneladas de produtos minerais. E, ao longo da súa vida, unhas 400 toneladas de produtos da minaría. Isto sen incluír os enerxéticos, que tamén no caso das renovables demandan gran cantidade de metais para a súa xeración e transporte.

Se desperdiciamos comida, significa que todos os recursos empregados para producila tamén o son. Se desperdiciamos produtos industriais tamén estamos a desaproveitar recursos e poñendo en risco o noso entorno, non só porque estaremos contribuíndo ao aumento da actividade mineira, senón tamén á destrución de acuíferos, á emisión de gases, deforestación, perda de biodiversidade, etc.

En Galiza cómpre de modo moi especial prestar atención á redución, reutilización e á reciclaxe dos materiais. Nos pasados días, o Partido Popular rexeitou a ILP que pretendía dar forza xurídica á xerarquía dos “3R” consagrada nas leis e actualmente subvertida por modelos como SOGAMA. É necesario dar prioridade aos “3R” sobre a incineración e o verquido do modelo de tratamento do lixo actual, e recuperar o uso de materiais para non abusar da súa extracción, mellorar o ambiente e gozar doutros beneficios sociais e económicos.

Mongolia será o país anfitrión do Día Mundial do Medio Ambiente en 2013, durante as celebracións do 5 de xuño. Desde 2010, Mongolia suspendeu as licenzas para explotar novas zonas mineiras, protexendo deste xeito o medio ambiente do país, rico en minerais, e a vida dos seus habitantes, e promovendo, ao mesmo tempo, un desenvolvemento verde tendo en conta as limitacións de auga e a degradación da terra.

Nós, en Galiza, tamén solicitamos unha moratoria na exploración de novas zonas mineiras en tanto non se definan as prioridades nos usos do solo e non se estableza claramente a preeminencia do ambiente, da alimentación e a saúde das persoas sobre os usos mineiros. Ademais, cómpre prohibir indefinidamente a macrominaría a ceo aberto e a minaría con cianuro e é necesario os establecementos de avais e garantías suficientes para as restauracións mineiras, seguros de responsabilidade civil que permitan cubrir a situación máis catastrófica que puidera ocorrer e, finalmente, convén a derrogación da lei de expropiación forzosa.

Pola destrución ambiental, social e cultural que implica e os conflitos que xera, minaría e desenvolvemento sustentable non son termos compatibles. A actitude máis responsable é un uso racional dos recursos existentes, así como a reciclaxe e a reutilización de materias primas. Mais tamén cómpre adicionalmente unha necesaria aposta polo decrecemento, rexeitando máis especulación urbanística e industrial, por un modelo de transporte baseado no colectivo e na proximidade, polo aforro e a eficiencia enerxética e hídrica e pola autosuficiencia alimentaria, buscando modos lóxicos e convencidos de vivir mellor con menos, e de modo máis acorde e respectuoso coa contorna e cos demais.

Texto de ContraMINAcción lido no remate da manifestación de hoxe en Compostela

Cartaz manifestación Galiza non é unha mina. 2 de xuño de 2013. Santiago de CompostelaBoa tarde!

Velaquí o comunicado de ContraMINAcción, a rede de colectivos contra a minaría destrutiva na Galiza, en forma de chamada dirixida á cidadanía galega presente hoxe nesta Quintana, así como a aqueles que non puideron vir e que talvez nos escoiten desde outros lugares.

Galiza está baixo ameaza dun dobre axente perigoso: a megaminaría, o negocio especulativo das multinacionais, e dos gobernos colaboracionistas que, en vez de defender, consenten á destrucción do noso territorio.

O desenvolvemento industrial e económico previsto pola Xunta nos depara un futuro escuro como boca de mina.

Un destino decimonónico e colonial pretende furar e abrir as vetas as montañas galegas co obxectivo de pulverizar as súas entrañas, para mellor as esquilmar/depredar. Farano a ceo aberto e, se non nos opoñemos, co beneplácito da nosa Administración, sufragados cos nosos impostos. Neste ataque sen precedentes ao noso futuro desaparecerán do mapa montes, terras de cultivo, aldeas e poboacións, e no seu lugar ficarán montañas de entullos e lagoas envelenadas. Non deixarán rocha sobre rocha.

Nós nunca seremos cómplices!
Nós nunca o permitiremos!

Por iso decidimos esconxurarnos contra o destino e hoxe vimos estes coletivos a Compostela traer esta declaración de principios:

  1. CORCOESTO NON É UNHA MINA!

    Corcoesto é noso, é a nosa vida, a nosa ledicia, Corcoesto está no noso corazón. As nosas leiras, o noso gando, os nosos montes, as nosas casas, a nosa xente; a xente, a gran esquecida neste conflicto.

    Non debemos permitir que, nin a Xunta de Galicia nin os nosos gobernantes locais decidan por nós, non permitiremos que a súa codicia arrase cunha forma de vida arraigada e respetuosa ca terra.

    Corcoesto é Cereo, Valenza, Bergantiños, Corcoesto é Galiza. É un ben que herdamos dos nosos ancestros e que agora nos toca defender a nós.

    A rosa de Corcoesto non se vende! Queremos a ria de Corme e Laxe libres de arsénico e de cianuro.

    LOITEMOS POR CORCOESTO, LOITEMOS POLA NOSA TERRA, LOITEMOS POLA NOSA DIGNIDADE, LOITEMOS POLOS NOSOS FILLOS!

  2. CASTRELO DE MIÑO NON É UNHA MINA!

    En Castrelo de Miño non temos ningún tesouro enterrado que precise de grandes máquinas ou procesos físico-químicos altamente contaminantes e perigosos para extrae-lo. O noso tesouro está ben á vista. O noso tesouro son as máis de 500Has. de terreo cultivado adicado á vide, que nos converten no principal produtor de uva da D.O. Ribeiro. O noso tesouro é o turismo enolóxico, a pesca, a caza, o turismo rural, as actividades deportivas, o desenrolo sostible e a calidade de vida, que fan que Castrelo de Miño sexa un referente a tódolos niveis.

    A instalación deste tipo de actividades extractivas no concello vai a supoñer non só a expropiación das nosas terras, senón tamén do noso pasado, presente e futuro, e non imos permitir que unha excavadora destrúa en 4 ou 5 anos o que nos costou séculos acadar. Non queremos Nin Minas nin Canteiras nas Nosas Ribeiras. Castrelo de Miño non é unha mina. Galicia non é unha mina.

  3. AS COMARCAS DE ORDES-COMPOSTELA NON SON UNHA MINA

    A minería contaminante está a ameazar os concellos de Oroso, Frades, Mesía, Ordes, O Pino e Compostela

    LOITAMOS POLO NOSO FUTURO E POLO NOSO MEDIO DE VIDA. A extracción de seixo que pretende a transnacional Erimsa en miles de hectáreas suporá a destrucción da capa vexetal e da fertilidade da terra durante anos e anos. Onde Erimsa só ve rochas, nós vemos vida, forraxes para os nosos animais, o sustento de moitas persoas que viven dun xeito directo ou indirecto dos sectores agrogandeiro e forestal, os soños e a oportunidade de centos de mozos e mozas que queren construír o seu futuro na terra que os viu nacer.

    LOITAMOS POR UNHA PROTECCIÓN REAL PARA OS NOSOS RÍOS E OS NOSOS ESPAZOS NATURAIS. A nivel medioambiental, estas concesións mineiras afectan de cheo ao río Tambre e afluentes seus como o Maruzo ou o Samo, que ademais están catalogados como Lugar de Interese Comunitaria (LIC) e espazos da Rede Natura 2000.

    LOITAMOS POLA CALIDADE DE VIDA DOS NOSOS VECIÑOS E VECIÑAS. Estas minas tamén afectan zonas poboadas, algunhas urbanas con importantes concentracións de vivendas como Sigüeiro, Penateixa, Gándara, Porto Avieira, Piñeirón ou Oroso.

    LOITAMOS POLA DEMOCRACIA. Para que os nosos concellos e a Xunta velen dunha vez por todas polo interese xeral e non sexan cómplices nos atropelos e abusos das empresas mineiras.

    As nosas terras non son unha mina.

  4. A GROBA, A RAXADA, O TETÓN E A SERRA DO ARGALO NON SON UNHA MINA!

    A Consellería de Industria dirixida por Francisco Conde OFRECE o país a quen queira vir tirarlle os tesouros mineiros das súas entrañas ó prezo que sexa. Ó chamado do mel acoden abellas de todo o mundo. Para A Serra do Galiñeiro hai oferta de explotación de terras raras e para unha ampla zona que xira ó redor da Serra da Groba hai intención de tirarlle o ouro e de seguro outros minerais que lle paguen a pena.

    Os propietarios milenarios destes montes non saben ren.
    As administracións de maior proximidade non informan nada, nin se informan de nada.
    Os membros de SOS GROBA procuran información e están a pasarlla ós veciños:

    Diante do ofrecemento do país ó gran capital especulativo mundial hai unha empresa canadiana: MEDGOLD RESOURCES que envía un proxecto de investigación que chama PINZÁS GOLD PROJECT na que solicita, durante tres anos, prospectar e tirar mostras no espazo de 275 cadrículas mineiras de 30 hectáreas cada unha, polo tanto solicita a investigación -e futura explotación- ó longo de 82’5 km cadrados nos concellos de Gondomar, Baiona, Oia, O Rosal, Tui e Tomiño.

    A delegación da Xunta en Pontevedra convocou e reuniuse cos alcaldes dos cinco concellos afectados para informalos do proxecto.

    Ningún dos cinco alcaldes se puxo en contacto cos veciños para explicarlles o proxecto e tomar unha posición, considerando que cada concello ten que emitir un informe de impacto medio-ambiental, como tamén o teñen que emitir a Consellería de Medio Ambiente que é a mesma que a de Industria e tamén o Servizo de Arqueoloxía da Consellería de Cultura.

    A ampla zona de posible instalación mineira xa fora prospectada e explotada por outro imperio multinacional; Roma, daquela de xeito menos agresivo pero levando a produción para a metrópole. Esta explotación de hai uns 2000 anos deixounos unha densa rede de xacementos arqueolóxicos sumados a varios campos de mámoas e petróglifos e castros e a achados líticos paleolíticos.

    Á riqueza arqueolóxica temos que engadirlle o patrimonio etnográfico da serra (a rede hídrica antrópica, casetas forestais, foxos de lobo, curros, meixóns, …) tanto construído como inmaterial.

    É a serra dos cabalos salvaxes de pura raza galega tamén ameazados polo decreto equino e que xuntan nos curros da Valga, Torroña, Mougás e San Cibrán.

    A ameaza da minería do ouro súmase ós proxectos de varios parques eólicos, campos de golf, balsa de auga (un millón de metros cadrados), pista de autocross, …

    Por moito isto e moito máis non queremos a explotación industrial capitalista e contaminante da Serra da Groba.

  5. A LIMIA NON É UNHA MINA!

    Na Limia, temos o millor Entroido do mundo e producimos as millores patacas, como todos saben.

    E iso e o que queremos defender, defender a nosa forma de vida como fixeron os nosos ancestros, como o facedes vos, os labregos e gandeiros actuais, como o faremos nos, as xeracions vindeiras.

    Polo noso futuro, pedimos un plan sectorial, non para axudar a por minas, senon para o desarrollo da agricultura e gandaria, un plan que fomente e axude o desenvolvemento das zonas agricola-gandeiras de Galicia, que representan o 90% da economia galega, que son as que prevalecen e deben prevalecer en Galicia, e non as actividades que represenan o 1%, as mineiras.

    Tamen pedimos que se axude a instalacion de novas empresas de transformacion dos nosos productos, e con ese plan sectorial agricola-gandeiro, señores da Xunta, con el crearemos empregos e aseguraremos o futuro da nosa terra e o futuro dos nosos fillos.

    Porque a Limia non e unha mina.
    Porque Galicia non e unha mina.

  6. A TERRA CHA NON É UNHA MINA!

    “Eu son esta terra e esta auga” . Con estas palabras do noso chairego máis universal Manuel María queremos berrar alto é claro: A TERRA CHA NON ESTÁ EN VENDA

    O seixo que hai nas nosas leiras permite que, despois das chuvias do inverno, a terra drene e conserve a súa fertilidade.

    Rexeitamos as supostas modernidades que promete a empresa de capital noruego e chinés Erimsa. Onde temos prados e terras de labranza propoñen deixar inmensas lagoas de augas mortas, onde temos carballeiras propoñen deixar ermos, onde hai granxas e o medio de vida de centos da familias propoñen uns poucos empregos temporais… Non nos deixamos enganar por cantos de serea. O noso seixo non é a súa mina.
    Erimsa pretende ocupar 6.000 hectáreas dos concellos de Cospeito, Castro de Rei, A Pastoriza, Vilalba, Abadín e Riotorto. Para Erimsa 6.000 hectáreas non serán nada. Para nós son unha inmensidade. Son a nosa vida.

    A NOSA TERRA NON É A SÚA MINA.
    GOBERNE QUEN GOBERNE A TERRA CHA NON SE VENDE

  7. A SERRA DO GALIÑEIRO NON É UNHA MINA!

    De seguir esta senda de absurdo desenvolvemento económico só lograremos trocar o territorio como lugar de vida e fonte de alimentación, con toda a súa biodiversidade, por enfermidade e miseria para a gran maioría das persoas. Estannos a propor alegremente… traballo… traballo de enterradores… cavando a tumba dos nosos soños, dos nosos fillos, do noso pais e a nosa propia. E os que propoñen e deciden tal negocio son as mesmas elites económicas e políticas que meteron o pais na crise do ladrillo, co mesmo dogma económico, coa mesma irresponsabilidade, cegados neste caso polo cobizoso relumbrar do metal. Pero por moito que se empeñen, por moito que o repitan, a megaminería non é solución a ningún dos problemas actuais que sofre este ou calquera outro pobo.

  8. VALEIRA, BURON, BECERREA E BARALLA NON SON UNHA MINA

    Desde as Terras altas do Oriente, Valeira, Burón, Becerreá e Baralla, vales do Eu, do Neira, do Návia, defendemos o chao que sustenta as nosas vidas, no que camiñamos, no que cultivamos, no que pasce noso gado, no que medran as nosas fragas, no que se refuxían animais e florescen as urces. Non aceitaremos a barbárie do seu esfolamento, a samesuga de ferro que quer extirpar as entrañas da nosa terra.
    Resistiremos! Non pasarán!

  9. SANTA COMBA, ZÁS E MAZARICOS NON SON UNHA MEGAMINA

    Eliximos o agro e a gandería para vivir deles e a minaría a ceo aberto é totalmente incompatible coas nosas actividades,

    Nin as explosións, nin as emisións de po, nin a contaminación da auga e o solo poden ser compatibles coa crianza de animais e o cultivo dos vexetais que alimentan a todos.

    Non pode ser compatible coa saúde das persoas.

    Queremos que a nosa arsenopirita que acompaña ao ouro permaneza enterrada, afastada de onde poda facer mal, de onde esteamos nós.

    O ouro que queren extraer non é para nós, é para eses canadenses.

    O que si é valioso para nós é o alimento que inxerimos, que sexa de calidade, que sexa saudable. A capacidade de producirlo xera na comarca miles de postos de traballo directos e indirectos de carácter permanente.

    Imos cambiar estes recursos, que fixan poboación e manteñen viva a nosa terra por uns recursos a curto prazo que provocan despoboamento e nos envelenan?

    Non queremos cianuro, non queremos arsénico, queremos poder vivir tranquilos sen que veñan a modificar as nosas vidas. Se quixésemos vivir de outro xeito, o decidiríamos nós e non os gobernantes nin os estranxeiros, por iso nós dicimos ben alto: Non

  10. TAPIA DE CASARIEGO EN EL OCCIDENTE DE ASTURIAS NO ES UNA MINA / O OCCIDENTE ASTURIANO NON É UNHA MINA MINA

    ORO NO rechaza os proxetos de megaminaría que ameazan os nosos modos de vida, a nosa economía, o noso medioambiente, e en definitiva, o noso presente e futuro, e o dos nosos fillos. A megaminaría de ouro supoi a destrucción de todo isto. Queremos continuar vivendo da pesca, da gandeiría e o turismo, á vez que conservamos o noso patrimonio natural e paisaxísttico.

  11. TRIACASTELA NON É UNHA MINA

    Estamos cansos de ilegalidades e caciquismos, de roubos e mentiras, de que sempre nos traten de parvos. TEMOS DIGNIDADE!

    Estamos cansos de que nos dividam e manipulen utilizando o emprego duns poucos como moeda de cambio, e desa ruina que é o pan para hoxe e fame pra mañá. TEMOS FUTURO!

    Estamos cansos de que nos quiten as terras e a auga, de que destruan a agricultura e as nosas economías locais, de que destruan o noso patrimonio arqueolóxico e natural. TEMOS ALTERNATIVAS!

    Non queremos vivir ao pé dun buraco que medra e medra destruindo o noso medio de vida, o fértil solo agrícola fruto do trabalho dos nosos antepasados, nen os nosos lugares da infancia. Non queremos estar sempre en pé de guerra baixo dunha ameaza constante. Non queremos que destruan as nosas aldeas nen as nosas vidas e nos obriguen a emigrar. QUEREMOS VIVIR AQUI E QUEREMOS VIVIR TRANQUILOS!

    Non mais buracos!
    Non mais terras e montes comunais roubados!
    Non mais camiños e rios cortados!
    Non mais explosivos danando as nosas casas!
    Non mais expropiacions!
    Non mais lucros duns poucos a conta de todos!

    Veciños de Cancelo, O Castiñeiro, A Lagua, O Teixo, Vilar e Vilavella, TODOS EN PÉ!
    Galegos e persoas de bem de todo o mundo, ERGAMOS E PAREMOS ESTA DESFEITA!

    Aqui estamos e aqui berramos hoxe, A NOSA TERRA É NOSA!, O FUTURO É NOSO!


A terra é nosa!

As nosas riquezas que nos queren roubar non cotizarán na bolsa de Toronto, nin servirán aos intereses e fins especulativos das empresas multinacionais.

A todas elas diremos: Galiza non é unha mina, así que fóra de aquí! E por se non nos entenden probaremos con frack off e go home!

Galiza non é unha mina, volvemos dicir hoxe en Compostela ao goberno da Xunta.

A mina ou nós!

Porque non permitiremos que dinamiten o noso territorio.
Non nos deixaremos explotar,
nin que minen a nosa saúde,
nin consentiremos
que os traballos que nos dan de comer
voen polo aire,
nin toleraremos que enterren o futuro das xeracións vindeiras,
nin que desapareza o legado dos nosos ancestros:
o noso patrimonio, que é a nosa memoria.

Galiza non é unha mina!
Que non nos toquen o mercurio,
Nin nos remexan o wolframio,
Nin nos esquilmen o estaño,
Que non acaben co granito,
Nin nos desarmen o xisto.
Que o arsénico, o chumbo e o ouro
descansen en paz,
alá onde están, onde deben estar,
na rocha e baixo terra.

A natureza e a auga son as nosas primeiras fontes de riqueza e sustento. Sen elas non somos nada. Elas serán as primeiras víctimas colaterais desta invasión mineira. En dez, en quince anos, trala contenda, Galicia será só un campo minado, unha sombra do que foi, unha triste paisaxe devastada.

A natureza e a auga son hoxe a nosa máis grande canteira, o noso máis prezado tesouro, un tesouro colectivo, de todos nós, que vimos aproveitando desde tempos inmemoriais e que agora pretenden destruír para sempre.

Xentes de ouro de lei
aquí reunidas,
dignidades aquilatadas,
que nos estades escoitando,
habitantes das terras raras,
herdanza de Breogán:
defendede a terra,

defendede a vida,

Galiza non é unha mina!

Grazas!